Criar um Site Grátis Fantástico

Rating: 3.5/5 (2716 votos)

ONLINE
1




 



 



Conheça os Réus Do Mensalão

Conheça os Réus Do Mensalão

mensalão

 

Mensalão,

 

Assim ficou conhecido e popularizado o esquema de compra de votos de parlamentares (Sendo um dos vários esquemas de corrupção descobertos no Brasil, como o PETROLÃO, e posteriormente a LAVA-JATO, onde foi descoberto o maior esquema de corrupção da história, sendo que esse ultimo ainda dura até os dias atuais com diversas prisões de políticos e empreiteiros.) deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio da Silva/PT-SP, popular Lula.  Para os especialistas/analistas políticos era o presidencialismo/governo de coalizão. Na prática isso acontece quando nenhum partido alcança maioria no parlamento, então por força de aliança política entre partidos menores, monta-se uma maioria parlamentar que garante ao governo maioria para aprovar as suas pautas de governo.  

Já havia rumores desta “venda” de votos por parte de deputados, mas nada fora comprovado até então.  Para alguns analistas políticos isso já vinha acontecendo nos governos anteriores e fora apenas aprimorado no governo LULA, mas sem nenhuma denuncia pautada. Até este esquema ser escancarado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho de 2005, ainda no primeiro mandato do então presidente LULA. 

 

Resumo,

 

Em maio de 2005, o chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, foi filmado embolsando 3 mil reais de um empresário. O que parecia ser apenas um flagrante de propina transformou-se na origem do pai de todos os escândalos quando Marinho revelou que o dinheiro iria para o PTB, dirigido pelo deputado Roberto Jefferson. Ao perceber que o governo não se esforçaria para impedir a instauração de uma CPI para investigar o assunto, Jefferson afundou atirando. A memória curta dos eleitores não consegue guardar todas as cenas de um dos maiores shows de horrores que tiveram como palco o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Vimos alguns dos melhores momentos do caso que monopolizou a atenção do Brasil durante três meses.

Acusados nominalmente por Roberto Jefferson, os integrantes da cúpula do PT, com o endosso do presidente Lula, dispararam negativas. “Nunca ouvi, nunca conversei, nunca tratei com nenhum parlamentar de troca de apoio por dinheiro”, rebateu José Genoíno, então presidente do Partido dos Trabalhadores. “Nunca tinha ouvido falar”, emendou o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira.

O dinheiro utilizado para pagar os parlamentares vinha de “recursos não contabilizados” doados por empresas para o financiamento de campanhas políticas e de verbas desviadas de estatais (fica institucionalizado o caixa 2). No dia 12 de agosto, o publicitário Duda Mendonça, que organizou a campanha vitoriosa de Lula, contou que recebeu milhões de dólares em contas no exterior, orientado pelo empresário Marcos Valério. 

O deputado Valdemar Costa Neto, acusado de receber dinheiro do PT em nome da sigla que presidia, o Partido Liberal (atual PR), ensaiou o mesmo discurso. Mas o depoimento de sua ex-mulher Maria Christina Mendes Caldeira esmagou a argumentação do deputado. Em menos de duas semanas, Valdemar renunciou ao mandato para não ser cassado.

 As repercussões do mensalão atrapalharam por algum tempo os projetos políticos dos envolvidos no escândalo, mas não encerraram a carreira dos réus. José Genoíno, que não conseguiu se eleger deputado federal em 2010, hoje despacha numa sala no Ministério da Defesa, contratado como assessor especial. Valdemar Costa Neto aproveitou-se da sobra de votos do palhaço Tiririca (Sem nenhum menosprezo ao comediante eleito deputado por São Paulo.) para ganhar uma cadeira na Câmara dos Deputados, de onde continuou comandando o PR. Aos indignados, resta aguardar o destino dos 38 acusados no Superior Tribunal Federal (STF), que aceitou a denúncia em 2007 (tamanha morosidade do sistema de justiça STF, levou 2 anos para pautar e aceitar a denuncia) no processo relatado pelo ministro Joaquim Barbosa.

 

roberto jefferson

 

Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão.

Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30 mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os “mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).

Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno de cargos em empresas públicas. José Dirceu, ministro chefe da casa civil na época, foi apontado como chefe do esquema. O Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupo também teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais.

 

josé dirceu

 

Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono das agências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos do governo, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, através de empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de “valerioduto”.

 

marcus valério

 

Outras figuras de destaque no governo e no PT também foram apontadas como participantes do mensalão, tais como:José Genoino (presidente do PT), Sílvio Pereira (Secretário do PT), João Paulo Cunha (Presidente da Câmara dos Deputados), Ministro das Comunicações, Luiz Gushiken, Ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e até mesmo o Ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

 

mensaleiros

 

Todos os acusados foram afastados do cargo que ocupavam. Embora não houvesse provas concretas do esquema de corrupção, os envolvidos não conseguiram se defender de forma contundente durante os interrogatórios à CPI dos Correios, instaurada para investigar o caso.

Lula negou que soubesse do Mensalão. O próprio Roberto Jefferson o poupou das acusações. Enquanto seus homens fortes caiam, Lula conseguiu se manter no cargo e ainda se reeleger, em 2006.

Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os quais responderão por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros.

 

 

Os 38  ACUSADOS no esquema,

 

Os réus foram divididos em três grupos: núcleo principal (ou político); núcleo operacional e financeiro, a cargo do esquema publicitário; e o núcleo operacional e financeiro. Além desses grupos, há ainda um grupo formado por políticos, assessores e outros profissionais ligados a instituições financeiras ou envolvidos na campanha. 

 

Os núcleos eram:

 

Principal (ou político): formado pelos políticos José Dirceu, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e José Genoíno. Eles são apontados como os líderes do esquema e tinham o objetivo de pagar dívidas do PT, negociar apoio político, custear gastos de campanha e outras despesas do partido e de seus aliados.  

 

JOSÉ DIRCEU 

 

Ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, em 2003, onde permaneceu até 2005. Foi acusado pelo ex-deputado petebista Roberto Jefferson de ser o mentor do mensalão. Deixou a Casa Civil em 2005 e voltou à Câmara dos Deputados, onde teve mandato cassado em dezembro do mesmo ano e tornou-se inelegível por oito anos. Foi indiciado por corrupção ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato.

 

JOSÉ GENOÍNO

 

Ex-deputado federal e presidente do PT na época do escândalo do mensalão. Teria feito empréstimos no Banco Rural tendo como fiador o empresário Marcos Valério. Renunciou à presidência do PT em 2005 e deixou o cargo de deputado federal. Foi reeleito deputado no ano seguinte.

 

DELÚBIO SOARES 

 

Ex-tesoureiro do PT. Foi acusado de criar e executar o esquema do mensalão. Quando o escândalo veio à tona, assumiu a responsabilidade e disse que o fez por conta própria, eximindo de culpa o partido e outros líderes da legenda. Foi expulso do PT em 2005. 

 

SILVINHO PEREIRA 

 

Ex-secretário-geral do PT. Organizou e distribuiu cargos no governo após a eleição de Lula em 2002. É acusado de receber propina de uma empresa ligada ao esquema. Pediu demissão após o escândalo vir à tona. Em 2008, fez um acordo com a Procuradoria Geral da União e deixou de ser réu no processo. Ele cumpriu pena de 750 horas de serviços comunitários. Não trabalhou mais em cargos públicos.

 

Núcleo operacional e financeiro, a cargo do esquema publicitário: encabeçado por Marcos Valério, era composto ainda por Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Segundo a denúncia, em conjunto com os dirigentes do Banco Rural, Marcos Valério desenvolveu um esquema de utilização de suas empresas para transferência de recursos financeiros a campanhas políticas. A origem das verbas era simulada como empréstimo do Banco Rural e não eram declaradas à Receita Federal.
 
 
MARCOS VALÉRIO

 

Publicitário e dono da SMP&B Publicidade. Apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pelo esquema. Segundo o MPF, tinha a função de operacionalizar o esquema com Delúbio Soares e seria avalista de diversos empréstimos feitos por outras pessoas ligadas ao esquema, alguns em nome do PT, nos bancos rural e BMG. É acusado de manter esquema semelhante com o PSDB em 1998, em Minas Gerais.

 

RAMON CARDOSO

 

Sócio da empresa de Marcos Valério na SMP&B. Acusado de envolvimento em empréstimos fraudulentos realizados pelo banco BMG ao PT e ao grupo de empresas pertencentes a Marcos Valério.
 

CRISTIANO DE MELO

 

Era sócio-presidente e foi acusado de participar de empréstimos e distribuição de recursos a políticos para conseguir firmar contratos de publicidade com o governo. Em depoimento, negou participação no escândalo e disse que desconhecia parte das atividades de Marcos Valério. 

 

ROGÉRIO LANZA TOLENTINO

 

Advogado da SMP&B e apontado como braço direito do empresário Marcos Valério. 
 

SIMONE REIS

 

 Diretora financeira da SMP&B. Teria feito saques diretamente na Agência do Banco Rural em Brasília e entregue a parlamentares.  

 

GEIZA DIAS

 

Ex-funcionária da agência SMP&B, de Marcos Valério. Seria uma das responsáveis pelo repasse de verbas a pessoas ligadas ao esquema. Sua defesa alega que Simone nunca soube de pagamentos feitos a parlamentares, partidos políticos e outras pessoas, com a finalidade descrita na denúncia. Ela sustenta que, na qualidade de mera funcionária, nunca questionou seus superiores sobre o destino das quantias descritas na denúncia, além de não ter obtido qualquer vantagem com os fatos descritos na acusação do Ministério Público

 

Núcleo operacional e financeiro: composto por José Roberto Salgado, Ayanna Tenório, Vinícius Samarane e Kátia Rabello. De acordo com a denúncia, este grupo estabelecia “mecanismos de operacionalização dos vultosos pagamentos em espécie às pessoas indicadas pelo núcleo de Marcos Valério de forma a possibilitar a não identificação dos efetivos beneficiários, bem como burlar a legislação e normas infralegais que estabelecem a necessidade de identificação e comunicação às autoridades competentes de operações com indicativos de lavagem de dinheiro. Além disso, o grupo é acusado de “injetar cifras milionárias nas contas da quadrilha para viabilizar o cometimento dos crimes” denunciados.

 

KÁTIA RABELLO

 

 Presidente do Conselho de Administração do Banco Rural. Acusada de ter negociado empréstimos para o PT e alimentar o valerioduto – esquema liderado por Marcos Valério. A atuação de Kátia seria para conseguir vantagens na liquidação do Banco Mercantil do Pernambuco. É apontada também como sócia de uma empresa nas Ilhas Cayman. 

 

JOSÉ ROBERTO SALGADO

 

Vice-presidente do Banco Rural. É acusado de ter facilitado empréstimos para o PT e para as empresas de Marcos Valério.
 

VINÍCIUS SAMARANE

 

 Ex-diretor do Banco Rural na época do escândalo. Atualmente, é o vice-presidente da mesma instituição. É acusado de facilitar empréstimos para o PT. 

 

AYANNA TENÓRIO

 

Ex-vice-presidente do Banco Rural. Acusada de autorizar empréstimos a membros do esquema.

 

Outros acusados: Os demais acusados eram, em sua maioria, os “mensaleiros” – políticos que recebiam dinheiro em troca de votos em favor do governo. Além disso, fazem parte deste grupo alguns empresários acusados de lavagem de dinheiro, assessores e o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes Silveira. 
 
O ex-deputado Jose Janene também fazia parte da lista dos mensaleiros. Ele morreu em setembro de 2010.
 

JOÃO PAULO CUNHA

 

 Deputado federal pelo PT e presidente da Câmara dos Deputados na época do escândalo do mensalão. Documentos do Banco Rural apontam que a mulher do deputado teria feito um saque de R$ 50 mil. O dinheiro teria sido dado pela empresa de publicidade SM&PB, do empresário Marcos Valério. Cunha foi julgado e absolvido pelo Plenário da Câmara e reeleito em 2006 e 2010. Está em seu quinto mandato como deputado estadual. Atualmente é candidato à prefeitura de Osasco.
 
 GUSHIKEN
 
Ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Quando o escândalo veio à tona ele deixou de ser ministro e passou a ocupar o cargo de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos. Segundo a promotoria, teria desviado verbas do Fundo de Investimento VISANET, constituído com recursos do Banco do Brasil S/A para o PT e para o grupo de Marcos Valério. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu, entretanto, que ele fosse absolvido do processo por falta de provas.

 

HENRIQUE PIZZOLATO

 

Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Junto com Gushiken, é acusado de desviar verbas do Fundo de Investimento VISANET, constituído com recursos do Banco do Brasil S/A para o PT e para o grupo de Marcos Valério.

 

PEDRO SILVA CORREIA NETO

 

Era diretor do PP na época do escândalo e estava em seu sexto mandato. Foi cassado em 2006. É acusado de receber, junto com outros parlamentares, cerca de R$ 4,1 milhões como propina entre os anos de 2003 e 2004.
 

PEDRO HENRY

 

Deputado do PP na época do escândalo e reeleito em 2010, mesmo após ser considerado fica-suja. Também foi acusado de receber cerca de R$ 4,1 milhões como propina, junto com outros parlamentares.

 

JOÃO CLÁUDIO GENU

 

Filiado ao PP e ex-assessor de Janene. Foi agente administrativo do Ministério da Cultura e demitido por improbidade administrativa. Acusado de recebimento de vernas de forma ilegal. 
 
 
ENIVALDO QUADRADO

 

Sócio das empresas Bônus Banval Participações Ltda e Bônus Banval Commodities Corretora de Mercadoria Ltda. No esquema do Mensalão, teria recebido verbas do grupo de Marcos Valério. Confirmou a realização de vários saques a pedido de Simone Vasconcelos e Marcos Valério em, no mínimo, quatro oportunidades, totalizando R$ 605 mil. Em 2008, foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com 361,445 euros escondidos na cueca, meias e bagagens.
 
 
BRENO FISCHBERG

 

 Ex-diretor da corretora Bonus Banval. Teria praticado crimes de lavagem de dinheiro do valerioduto por meio da corretora Natimar, beneficiando líderes do PP. 
 

CARLOS ALBERTO QUAGLIA

 

Ex-sócio da corretora Natimar. Teria facilitado um esquema de lavagem de dinheiro para líderes do PP por meio de sua empresa.
 

VALDEMAR COSTA NETO

 

Deputado e ex-presidente do PL na época do escândalo. Acusado de montar uma estrutura criminosa voltada para a prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Admitiu ter recebido dinheiro do PT em troca de apoio ao governo. Renunciou em 2005 para evitar a cassação. Articulou a fusão do PL com o Prona para criação do PR e atualmente é um dos líderes do partido. Foi eleito deputado em 2006 e reeleito em 2010. 
 

JACINTO DE SOUZA

 

Apontado como homem de confiança de Valdemar da Costa Neto. Teria feito saques de contas ligadas ao valerioduto.
 

ANTÔNIO DE PÁDUA

 

Irmão de Jacinto Lamas. Também acusado de realizar saques de contas do valerioduto.
 

BISPO RODRIGUES

 

Conhecido como o Bispo Rodrigues, o ex-deputado federal é fundador da Igreja Universal. Foi acusado de receber vantagens indevidas do núcleo de Marcos Valério em troca de votos em favor do governo no Plenário da Câmara. Teria mandado um motorista buscar R$ 150 mil do Banco Rural. Renunciou ao mandato em 2005 para evitar a cassação. Não ocupou mais cargos públicos, mas ainda teve o nome envolvido em outros escândalos, como a Operação Sanguessuga da Polícia Federal. 
 

ROBERTO JEFFERSON 

 

Ex-deputado federal e presidente do PTB na época, é um dos principais nomes do escândalo. Foi ele quem denunciou o esquema, inicialmente à imprensa e depois à Justiça. Divulgou nomes dos parlamentares que estariam ligados ao caso, acusando-os de receber periodicamente recursos do Partido dos Trabalhadores em razão do seu apoio ao Governo Federal. Foi cassado em 2005 e perdeu seus direitos políticos por oito anos. Aposentado como deputado, recebe cerca de R$ 8,8 mil de proventos da Câmara.
 

EMERSON ELOY PALMIERI

 

Tesoureiro informal do PTB. Confirmou ter recebido verbas do empresário Marcos Valério. 
 

ROMEU FERREIRA

 

Ex-deputado pelo PTB. Acusado de receber verbas de forma ilegal do valerioduto. Foi reeleito deputado federal por MG em 2010 pelo PSD. 
 

JOSÉ RODRIGUES BORBA

 

Ex-deputado federal. Teria recebido verbas do valerioduto para votar a favor do governo. Renunciou em 2005. Atualmente, é prefeito de Jandaia do Sul, no Paraná.
 

PAULO ROBERTO ROCHA FALCÃO

 

Ex-deputado federal (PT-PA). Acusado de receber verbas do valerioduto para votar a favor do governo. Entre 2002 e 2006 seu patrimônio aumentou em mais de 1000%. Renunciou em 2005 e foi reeleito deputado em 2006 e 2010.
 

ANITA LEOCÁDIA PEREIRA DA COSTA

 

Assessora de Paulo Rocha (PT-PA). Teria recebido R$ 620 mil em nome do deputado. Pediu demissão após o escândalo vir à tona. 
 
 
PROFESSOR LUIZINHO

 

Ex-deputado pelo PT e líder do governo na Câmara na época do escândalo. Teria recebido R$ 20 mil do valerioduto. O dinheiro foi sacado na agência do Banco Rural em Brasília por José Nilson dos Santos, seu assessor parlamentar. Escapou da cassação, mas não conseguiu se reeleger para nenhum cargo que disputou depois do escândalo. 
 

JOÃO MAGNO DE MOURA

 

Ex-deputado federal pelo PT-MG. Teria recebido cerca de R$ 350 mil das empresas de Marcos Valério. Após ter sido denunciado, admitiu ter recebido recursos por orientação de Delúbio Soares. Foi absolvido do processo de cassação em 2006. Atualmente, não ocupa nenhum cargo público.

 

ANDERSON ADAUTO

 

Ex-ministro dos Transportes. Teria recebido, junto com seu chefe de gabinete, José Luiz Alves, R$ 1 milhão do valerioduto. O dinheiro teria sido recebido por meio do seu Chefe de Gabinete pela sistemática de lavagem disponibilizada e operacionalizada pelos dirigentes do Banco Rural.
 

JOSÉ LUIZ ALVES

 

Chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto. Teria recebido, junto com o ex-ministro, R$ 1 milhão do valerioduto. O dinheiro foi recebido por meio de um esquema de lavagem de dinheiro encabeçado por membros Banco Rural.
 

DUDA MENDONÇA

 

Publicitário e responsável pela campanha vitoriosa e pela mudança na imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Confessou ter recebido cerca de R$ 10 milhões e uma conta nas Bahamas.  A conta teria sido aberta por instrução do também publicitário Marcos Valério.
 

ZILMAR FERNANDES

 

Sócia de Duda Mendonça. Teria dividido o dinheiro recebido do valerioduto com Mendonça. Também é acusada de ter feitos saques de cerca de R$ 250 mil do Banco Rural.

 

JOSÉ JANENE

 

Ex-líder do PP na época do escândalo. Também acusado de receber cerca de R$ 4,1 milhões como propina, junto com outros parlamentares. Morreu em 14 de setembro de 2010. 

 

Por onde ANDAM os MENSALEIROS?

 

mensaleiro

 

Para os réus que faziam parte das empresas de Marcos Valério, pouca coisa mudou. Os sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerback ainda dividem com Valério a sociedade em pelo menos duas empresas de publicidade em atividade, além da SMP&B, que teve de sair de cena depois do Mensalão. Simone Vasconcelos, a ex-gerente financeira da empresa por onde circulavam notas frias e dinheiro destinado a recompensar parlamentares, foi quem pagou o preço mais alto e amargou pouco mais de um ano sem emprego. “O problema é que um processo criminal macula a imagem da pessoa”, diz Leonardo Yarochewsky, especialista em Direito Criminal e advogado de Simone. “Isso se agrava em casos de repercussão nacional como esse.”


É o peso de ser um réu que move a rotina de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. Com um memorial em mãos, ele tem feito palestras pelo País pregando sua inocência. Para ganhar a vida longe da administração do partido, Delúbio montou uma imobiliária que atua na internet. Ele optou por ficar longe de disputas eleitorais. Escolha oposta à que foi feita pelo ex-deputado Paulo Rocha, que tem dado as cartas nas eleições do Pará como presidente de honra do PT no Estado, e a de Anderson Adauto, que briga para permanecer no comando do PMDB de Uberaba. Com planos mais audaciosos, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) costura apoio e alianças em torno da sua candidatura à prefeitura de Osasco. Apesar de alguns mensaleiros terem levado a vida nos últimos anos como se nada devessem ao País, todos sabem que há 11 ministros do STF no meio de seu caminho.

 

stf 2007

 

Anderson Adauto - Acusado de ter sido um dos intermediários na "venda" de apoio do PTB, Adauto foi reeleito à Prefeitura de Uberaba em 2008, com 85 mil votos. Chegou a licenciar-se do cargo por três meses em 2010 para participar da campanha de Helio Costa ao governo do Estado;

Ayana Tenório – Acusada pela Procuradoria de autorizar empréstimos fraudulentos para o PT quando era executiva do Banco Rural, depois de anos de trabalho no mercado corporativo, ela tenta agora retomar a vida e reestruturar sua empresa de Recursos Humanos;

Carlos Rodrigues - Apontado como um dos beneficiados do esquema, o ex-deputado do PL hoje é empresário no ramo das telecomunicações, tendo controlado a Rádio Nova AM (hoje Rádio Record Rio) no Rio de Janeiro; 

Carlos Alberto Quaglia - Ex-sócio da Natimar, Quaglia teve poemas inscritos no prêmio Talentos da Maturidade, do banco Santander, em 2010 e participou de marchas pela paz; 

Cristiano Paz - Ex-sócio de Valério, hoje, tem uma badalada agência de publicidade em BH aberta com seu filho, João. Na festa de 5 anos da empresa, teve até show do Toquinho;

Delúbio Soares Ex-tesoureiro do PT durante o escândalo do mensalão, é acusado de ter contraído os empréstimos que financiaram a compra de apoio político de deputados. Foi expulso do PT no auge dos escândalos, mas readmitido no partido depois. Hoje, se dedica a atividades partidárias e empresariais. Tenta voltar à política, mas tudo dependerá do resultado do julgamento;

Duda Mendonça - Acusado de ter recebido recursos do chamado 'valerioduto', o publicitário continua atuando em seu ramo e fazendo campanhas eleitorais - entre elas a de Elmano Freitas, em Fortaleza; 

Emerson Palmiere Ex-secretário do PTB foi acusado de ter mediado a compra de apoio político de integrantes do PTB. Ele ainda presta apoio informal a prefeitos e candidatos em Estados como a Bahia. Mas, oficialmente, trabalha apenas como fazendeiro;

João Paulo Cunha - Ex-presidente da Câmara que teria recebido R$ 50 mil do grupo de Valério é o único dos réus a disputar as eleições neste ano. Cunha é candidato à prefeito de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo;

José Borba - Ex-deputado do PMDB teria recebido pagamentos de R$ 2,1 milhões do esquema. Atualmente, é prefeito de Jandaia do Sul, no Paraná, tendo sido eleito em 2008 com 43,16% dos votos;

José Genoino - Acusado de formar o núcleo central do esquema instituído por Dirceu, o ex-presidente do PT é assessor especial da Defesa e recebe um salário de R$ 8.890; 

José Dirceu - Acusado de ser o chefe do mensalão, Dirceu afastou-se oficialmente da vida pública depois de 2005. Mas mantém sua posição de líder dentro do PT e presta consultorias ao próprio partido e a empresários. Em sua defesa, fala que o mensalão foi uma invenção do ex-deputado federal Roberto Jefferson; 

José Luiz Alves - Acusado de ser um dos intermediários entre Marcos Valério e deputados federais, hoje ele é presidente da Codau, empresa de tratamento de água de Uberaba;

Kátia Rabelo - Presidenta do Banco Rural na época do mensalão foi acusada de autorizar os empréstimos supostamente fraudulentos que sustentaram o esquema. Ela foi afastada da presidência do banco, mas ainda controla uma das holdings do grupo;

 

Marcos Valério - É acusado de desviar recursos de empréstimos e contratos com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados para os cofres de campanha do PT. Hoje, trabalha com consultoria;

 

Pedro Corrêa - Acusado de receber dinheiro do PT em troca de apoio no primeiro mandato do governo Lula, Corrêa, que é formado em medicina, hoje trabalha como pecuarista. Ele cuida de suas fazendas de gado em Pernambuco;

 

Ramon Hollerbach - Acusado de integrar o núcleo do chamado mensalão, o publicitário Hollerbach hoje assessora empresas com pesquisas de mercado, sua especialidade. Ele possui um escritório em Belo Horizonte

 

Roberto Jefferson Ex-deputado federal e delator do mensalão, Roberto Jefferson é presidente do PTB e recentemente passou por uma cirurgiapara retirada de um tumor no pâncreas. Como teve mandado cassado, está inelegível até 2015.

 

Não se esqueça de nomes e rostos, pois se você quiser que o país não seja sugado por esses sangue-sugas evite votar neles em época de eleições, pois todos sabemos que os verdadeiros ladrões não estão nos presídios.

Momento Atual do Julgamento

mensalão,

 

Os réus condenados no julgamento do mensalão deverão ser presos daqui a quatro meses. Essa é a expectativa do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Em entrevista concedida nessa quinta-feira a correspondentes internacionais, o magistrado demonstrou que não aceitará protelações de advogados e previu que, se não houver chicanas na defesa dos 25 réus condenados, o processo estará concluído em julho. “A minha expectativa é que tudo se encerre antes de 1º de julho, antes das férias”, disse.
 

 

joaquim barbosa

 


As prisões só poderão ser decretadas depois que a ação penal transitar em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos contra a decisão da Justiça. A tendência é que o acórdão do julgamento – que durou quatro meses e meio, e foi concluído em dezembro – seja publicado até 1º de abril. A partir daí, os condenados terão cinco dias para recorrer. Até agora, cinco dos 11 ministros que julgaram a Ação Penal 470 entregaram seus votos revisados.

Questionado pelos jornalistas se as prisões serão efetivadas entre julho e agosto, Barbosa foi enfático: “Sim.” E complementou: “Se não houver nenhum incidente, nenhuma chicana.” Após a sessão, Barbosa voltou a falar sobre o mensalão. “Por mim, eu encerraria ontem. Mas eu tenho que obedecer aos prazos”, disse.

Dos 25 condenados no julgamento, 11 ficarão presos em regime fechado, 11 no semiaberto e três cumprirão penas alternativas. Entre os réus que irão para a cadeia estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o empresário Marcos Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Barbosa rebateu a alegação de que as penas determinadas no julgamento foram “duras”. Para ele, diante do desvio de verbas públicas estimado em mais de R$ 100 milhões, elas foram “baixíssimas”. As penas de prisão variam entre  dois e 40 anos. A maior pena foi aplicada a Marcos Valério, o operador do mensalão.

Vetos

Joaquim Barbosa também comentou a decisão tomada na quarta-feira pelo Supremo que, por seis votos a quatro, derrubou a liminar que determinava que o Congresso apreciasse os vetos presidenciais em ordem cronológica – antes de ser revogada, a liminar travou por dois meses a apreciação do veto que a presidente Dilma Rousseff fez à lei dos royalties do petróleo. Na entrevista aos correspondentes estrangeiros, o ministro disse que a decisão do Supremo foi um alerta ao Legislativo e observou que o posicionamento não é definitivo, pois o mérito da questão ainda será julgado.

“A decisão de ontem (quarta) foi preliminar. Eu diria que foi uma decisão de alerta ao Congresso. O Supremo cassou uma liminar porque liminar não é a maneira correta, o meio apropriado para se tratar de uma questão tão relevante como essa das relações entre os Poderes Legislativo e Executivo. Mas, no julgamento final, vamos ver qual vai ser o resultado”, destacou Barbosa.